sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Causos e Poemas

Causos:
Será que é?





Vou contar para vocês
Uma história de arrepiar
Minha mãe é quem contou
Essa história de assustar!

Em uma noite muito fria
E uma imensa escuridão
No meio de uma trilha
Eis que surge uma assombração

Na carroça em que estavam
Meu avô e minha avó
Com o primeiro filho nos braços
Na garganta apertou um nó

Quando a porteira foi aberta
E da carroça saltou
Lá no meio da mata
Algo lhes assustou

Dois grandes olhos vermelhos
Na escuridão apareceu

Com duas presas enormes
O uivo lhes ensurdeceu

Se é verdade ou não
Isso não posso falar
Mas minha mãe é quem contou
E nela posso confiar!
Emanuel Vinícius Silva Sant’ana – 7ºB




O Caboclo d'água 
            Tempos atrás, na roça, vivia uma criatura que habitava o rio da cidade e que tinha exterminado todos os peixes e gado da região.
            Certo dia, contou-me meu avô, os moradores da pequena cidade foram reclamar junto ao prefeito desses fatos.
            O prefeito, então, respondeu-lhes:
_Acalmem-se moradores, vou resolver esse mistério. A criatura vive na água, então vou contratar os melhores caçadores aquáticos.
            Pela manhã ouviram-se machados e fortes pisões no chão. Eram os oito caçadores contratados pelo prefeito. Meu avô, que era jovem nessa época, foi atrás deles e os viu mergulhar no principal rio da cidade, onde a criatura aparecia.
Depois de mais de uma hora, apenas um dos caçadores subiu à superfície gritando:
_Corra garoto! Corra!
            O caçador foi puxado para a água, bruscamente.  Meu avô assustado aproximou-se do rio para tentar ver alguma coisa.
Foi aí que a criatura pulou numa rocha do outro lado do rio. Vovô correu para casa e disse para sua mãe:
_Mãe, mãe! Eu vi a criatura!
            Após esses acontecimentos o prefeito construiu um muro enorme em torno do rio. Na região usavam a palavra caboclo, como uma gíria para quem eles não conheciam. Como a criatura não era conhecida por ninguém e vivia na água, deram-lhe o nome de Caboclo D'água.
João Pedro Lima Miranda – 7ºD




O causo da moça que virou uma onça
            Quem me contou este causo foi a minha avó. É um causo baseado nos antigos contos do interior. Nesta época as pessoas acreditavam que contos assim eram reais.
            Em uma antiga cidade do interior de Minas Gerais, vivia uma família humilde, em uma velha casa. Nela moravam mãe e filha.
            Certo dia a mãe dessa menina, foi até a feira comprar língua de boi para fazer no almoço. Chegando a casa, a mãe colocou a língua para cozinhar e foi para o rio lavar roupa.
            A menina, que também havia saído, chegou procurando pela mãe. Como ela não estava foi à cozinha buscar algo para comer. Viu que no fogão estavam cozinhando língua de boi e retirou um pedaço. Mas estava muito gostoso e ela acabou comendo mais da metade.
            A mãe retornando do rio foi verificar se a língua de boi já estava pronta e levou um susto quando viu que a panela estava quase vazia. Chamou a filha para saber se era ela quem tinha comido e a menina disse que sim. Muito brava começou a xingá-la  e rogou-lhe uma praga: ela viraria uma onça e só comeria língua de boi, por ter sido tão gulosa. Nesse momento, a filha se transformou em uma onça, pulou a janela e saiu pela mata.
            A partir dessa data, todas as noites de lua cheia, ela saía pela cidade à procura de línguas para devorar.
Júlia Cassiana Silva de Jesus – 7ºD



O conto da noite
Sempre que eu fazia bagunça, minha mãe dizia:
_ Menino, fica quieto! Você já conhece a história do homem do saco!
_ Ah mãe! Conta de novo, conta!
E ela recomeçava a contar:
 _ Esta é a história de um homem muito mau, que não toma banho, é muito sujo e meio torto. Ele pega as crianças que não obedecem a seus pais e os levam para um lugar sujo e muito feio...
Já era noite, minha mãe havia acabado de me contar esta história. Como eu estava cochilando, despedi-me dela e fui dormir.
Comecei a sonhar. Estava frio e chuvoso. Eu estava sozinho numa rua onde não havia luz nem casas abertas. De repente avistei alguém. Era um homem com as mesmas características que minha mãe havia descrito. Comecei a correr desesperadamente. Tropecei e caí. Olhei apavorado para o homem que disse:
_ Filho, está na hora de acordar para ir à aula.
Ai, que sorte, era apenas um sonho! Daquele dia em diante não desobedeço mais aos meus pais.
Jonatas Moreira Pinto – 7ºD



O Chupa-cabra
             Minha avó me contava que, antigamente, na roça, diziam que em noite de lua cheia, não se podia sair à noite por causa de uma criatura, um misto de homem e animal: cabeça de touro, corpo peludo, parecido com um homem, mas deformado.
            Ele era um ser carnívoro, extremamente perigoso. Comia aves, gados e até gente! Ele aparecia em noite de lua cheia, devido à grande fome que sentia, por isso saía na mata em busca de alimento.
            À noitinha, por volta das 18h00, as pessoas se recolhiam, colocavam seus animais nos currais e corriam para suas casas, colocando-se em segurança.
            E quem não cuidasse dos seus animais, poderia perdê-los para sempre na barriga do Chupa-cabra.


Taís Ferreira de Souza – 7ºD

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